segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Os elementos femeninos


Estava um mestre rodeado por seus pequenos alunos quando um deles perguntou:
"Mestre, por que a beleza é representada por imagem de mulher"
Pôs-se a dizer o Mestre :
"Observe a natureza e veja que o belo nela se manifesta através de elementos femininos:
Como seria o céu sem As nuvens , A lua e As estrelas
Como se mostraria o sol sem A luz
O mar nos encantaria sem As águas e As ondas
Os desertos, como seriam sem As areias e As pedras
Os bosques teriam perfume sem As árvores e As flores
O dia prometeria repouso se não houvesse A noite
Que força teria o fogo se não tivesse As chamas
Que frescor teria o solo sem A relva
Que alívio teríamos no verão se não caísse A chuva
Qual a beleza do inverno que não apresenta A neve
Haveria romance no outono sem As folhas sopradas pelo vento
A primavera e suas flores não é A mais linda estação
Nossos corpos se moveriam se neles não corresse A vida"
O menino refletiu algum tempo e em seguida argumentou :
"Sim, são todos elementos femininos, mas o senhor não falou sobre a mulher..."
Respondeu-lhe o Mestre :
" Mas vou falar-lhe sobre o coração:
Nele estão A alma, A paixão e A alegria .
Nele está A beleza da cantiga que acalanta o homem ...
... e sua melodia é sempre uma Mulher..."

domingo, 21 de agosto de 2011

A Alma que se entrega





“Só entrando em contato total e sentindo todas as células e sensações para conhecer a alma feminina em tamanho, intensidade e em suas formas mais inconcebíveis para um homem.”Minha alma  entrega-se para a tua...
Porque o contato contigo é total.
Alma de Vênus: formatada para o amor...
Para caber em tuas mãos, boca, espaço.
 Eu sou para todos os teus espaços...
Para todos os teus gostos...
Por isso minha alma se entrega para a tua...
Pois ama todos os meus rostos... E enfrenta todas as minhas luas.
E as exalta... E  celebra-me... E surpreende.

Minha alma  entrega-se para a tua
Como um rio se entrega para o mar...
É a intensidade, a força, caminho e libertação.
É a cada dia mais ..
desejo para os doze meses (que sempre se renovam)
Para as quatro luas e para todas as ruas.
Amor para os montes e vales
Amor para todos os níveis
Sete chakras
Seis sentidos.
Desejo para meus olhos, pele, ouvidos.
desejo de silêncio, intuição, gemidos.

Minha alma  entrega-se para a tua...
Porque a recebes a qualquer hora.
Essa alma minha que se inquieta,  perde-se...
Deixa-se levar por outros ventos... Vaga silenciosa...
Busca outros caminhos... Olha tudo, quer tudo...
E, o TUDO, acaba me reconduzindo de volta a ti...
Porque sem tua presença o tudo é nada, poeira, vazio.
Mais nada.

Minha alma  entrega-se para a tua...
Não há outro peito que ela se encaixe...
Beijo tua boca até com lama
Porque teu gosto é a metade do meu... E metade é dois.
Não quero outra cama...
Quero que só tu me aches.
Recomeço, renasço... Perco-me...
E me encontro sempre em ti!
Minha alma tem a luz da vida e o fogo da paixão:
Aonde o desejo chega e cresce.
E só tua semente floresce em mim.

Minha alma  entrega-se para a tua...
Porque a tua alma segue a minha
E o desejo é seguir junto...
E quando acho que estou sozinha
Sem ver teus rastros, teus olhos...
Surpreendo-me carregada por teus braços.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Lua


Lua cheia que me enfeitiça
Me deixa a flor da pele
Me ouriça,  atiça-me
 Queima-me por dentro e a pele fere.
Deixa-me cheia
Repleta
Deixa-me outra
Que não fica quieta.
Acorda minha cigana
Desperta minha fera
Me tira da cama
Floresce minha primavera.
Lua cheia sagrada
Cheia lua, safada
Põe-me amada
Deixa-me faminta
Faz -me alucinada
E quer que eu minta.
Por quatro luas resisti
Prendi minhas feras
Respirei fundo
Me omiti.
Nessa lua soltei a mim
Soltei os cabelos
Soltei o vestido
Soltei o riso
Saltei do céu
Desfrutei o paraíso
Arranquei o véu.
Atirei -meaos leões
Às sensações
Tirei do peito desejos profundos
De minh’alma inquieta
De outros mundos
De outros eus.
Ah, lua intensa
Qual é minha sentença
Por simplesmente ser assim
Fiel a minha natureza?

Eu sou


Decifro-me para ti aos poucos
Mostro minhas formas
Meus rostos
Tudo que adoras.
Não te encherei de filosofias
Porque não as tenho.
Tenho sentidos e fortes intuições
Que sigo de corpo e alma
Sem razões...
Porque a razão nem sempre me satisfaz..

Sou como a mãe natureza
Sou fugaz.
Minha certeza é passageira
Amanhã já não sei mais.
Um dia sou caçadora
No outro posso ser caça.
As estações passam
A lua muda
Como eu haverei de ser a mesma?
Sabes que não sou...

Hoje sou tua.
Posso ser amanhã também.
Mas sempre serei minha...
Pois sou como a natureza
Mesmo que me arranquem todas flores
Não deterão minha primavera.

Eu nasci para exalar
Toda beleza, todo amor.
Toda vida que há em mim
Sou mulher, flor.
Sou montanha
Pedra e espinho.
Sou assim, sempre assim.
Do mundo
Tua
De mim.

Infinita


 
 
Eu sou eu mesma
Sou fogo
Sou ousada
Sou um todo.

Não te olho assustada
Nada me assusta... Nada me espanta.
Adoro me surpreender
Detesto me aborrecer.

E aborreço ao desapontar-me
Então não crio mais espectativas.
Olho as pessoas como são
E amo  todas elas .

Amo mais eu.
Pois no fundo tu não  és meu
Ninguém é de ninguém
E ninguem ama sem se amar.

Ninguém dá o que não tem
Mas eu dou... Eu vou além.
Pra amar não tem limites
Pra existir também não.

Eu sou assim
Infinita num mundo limitado.
Satisfaço minhas vontades
E as tuas também.

Mas sou só minha
Não sou de mais ninguém
Nem sou do mundo
Eu não sou daqui.

 Encontra-me nos teus sonhos
Nos pesadelos...
Nas tuas vontades, nos teus desejos
 Encontra-me na tua coragem
E lá também, nos teus medos.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Impaciente


Como uma verdadeira insatisfeita que sou, começo a sentir-me novamente impaciente.
Sento-me, levanto-me, olho freneticamente para o relógio, o tempo parece não passar naquele corredor imenso de comodismo que se torna cada vez mais medonho em cada minuto de espera.
Sinto a inquietude de uma criança.
Nada me satisfaz, preciso de mais e mais...
Preciso de novos desafios, estou cansada de fazer o que faço, de ser quem sou, de ir por onde vou.
Nasci com uma alma impaciente, necessito de adrenalina constante no meu pensamento.
Tenho ânsia de viver, estou desesperada por uma mudança

Pode-se esconder para tentar mostrar

E Se me Apetecer Errar?

Pode-se esconder para tentar mostrar.
Escolher uma corrida até ao outro lado.
Partir para nos impedirem.
E para ver a nudez pura, bastar olhar para dentro.
Daquilo que não se faz já ninguém se pode queixar. 
Pode-se  apanhar do chão as coisas que ficaram lá atrás.
Escolher ficar, mesmo com a porta fechada na cara dos sonhos incertos.
Uma parte de mim que jamais alguém poderá ver.
William Shakespeare já dizia que o maior erro que se pode cometer é ter medo de cometer algum.