Se numa dessas casualidades esbarrarem com a alegria,
aperceba se tudo não é um efêmero disfarce, uma fantasia,
um convide fugaz, um relâmpago do destino, um desatino,
um capricho do caminho, ou somente uma breve folia.
Se irromper no seu quarto, como quem rouba dos lábios um beijo,
e atirar-se em seus braços como uma colombina em desejo,
ou te olhar em risos, com a pureza sínica de um arlequim,
ou declarar-se um pierrô apaixonado, em charme, sem fim.
E depois... em desvario convidar para dançar,
sambar até morrer...
podes até por seu bloco na rua,
desfilar até o alvorecer,
ou o minguar da lua.
Mas, não se esqueça que alegria é uma síntese da felicidade,
tropeçamos com ela, em todos os lugares,
em todas as camas, em todos os copos, em todos os bares.
Ponha... seu bloco na rua, caia na folia,
brinque de alegria, usem todas as mascaras,
dance em magia.
Mas... na quarta feira quando tudo terminar,
bata novamente na porta da sua alma... pede para entrar,
ali mora a felicidade... eterna e sempre a te esperar.
Ponha... seu bloco na rua,
mas não abandone sua alma, não a deixe em solidão,
a alegria é como ventania... como máscaras,
felicidade é vida... sem ela podes ficar
sem chão.
Ari Mota
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